Uma coisa que tem acontecido esse ano é que consegui ir como imprensa em vários eventos e eventos grandes, como a BGS [Brasil Game Show], a CCXP [Comic Con Experience] e recentemente o Ressaca Friends, festival de anime. Tanto que estou inaugurando a nova coluna do blog, o Fui de Imprensa, até porque ela meio que já existe ne. Mas vamos tornar oficial.

Nesse post, vou falar um pouquinho mais sobre como ir de imprensa nos eventos, como é ser de imprensa e como foi essa edição do Ressaca Friends.



O Ressaca, pra quem não sabe, é o último grande evento de anime e acontece em São Paulo, esse ano tendo sido nos dias 16 e 17 desse mês de dezembro. Eu fiquei sabendo dele quando o site ainda estava fora do ar, porque pelo que me contaram, estava em reforma e que possuia novos donos: sabe a galera que organiza o Anime Friends? Então, agora eles também estão com o Ressaca. E gerou uma surpresa por parte de alguns, porque anunciaram que o Ressaca seria no ANhembi e pra quem não sabe, o Anhembi é onde ocorre a Bienal do Livro aqui de SP, é enorme, e o público do Ressaca não é tão grande assim.

Quando o site finalmente entrou no ar, fiquei muito feliz porque um amigo meu, que conheci na BGS, era uma das atrações: ele se apresentou no auditório junto com algumas meninas que trabalham com ele no canal dele, o Mundo Geek Sem Sentido, no quadro Papo Nerd com Elas. Vai lendo o post que já falo mais sobre isso.

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Aí tinha a parte de IMPRENSA e as inscrições estavam abertas: fui lá e me inscrevi, morrendo de medo de  não passar, mas depois de algumas semanas consegui. O problema foi que inscrevi minha irmã e  ela não passava de jeito nenhum. Ela é menor de idade, mas inscrevi outra menina que é de maior e trabalha comigo na Revista Jovem Geek e nada também. Fui sozinha, mas topei muita gente.

Eu tinha combinado de me encontrar com o Taz, do Action Toy, lá na estação do Tieté, que tinha ônibus gratuito para o evento lá, mas a gente acabou não se encontrando. Mas logo na fila já conheci a maior galera, o Luigi, que tem um canal chamado Luigi Alquimista e se vestiu de Luigi [óbvio], Weslei de Sousa que me emprestou wi-fi, do Anexo Geek.

Passamos pela área de credenciamento, onde tiramos nossas credenciais, e fomos direto para o auditório, pois estava rolando coletiva de imprensa e só a gente da imprensa poderia entrar.

Lá estavam as atrações internacionais do evento, tais como Prit e Lohgann, do canal Japão Nosso de Cada Dia, brasileiros que moram no Japão a mais de 10 anos, o WALTER JONES, 1º power ranger preto que foi é preto e foi de camiseta preta (palavras dele, não minhas), a MAI HOSHIMURA, cantora e o trio SNOWKEL

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O legal foi que as entrevistas misturavam português, japonês e inglês, e foi minha primeira experiência assim, com intérpretes traduzindo tudo ali na hora. Minha única crítica foi com relação ao palco principal, que ficava rolando música ali, e o palco era EM FRENTE o auditório. Consegue imaginar? Sons altíssimos, parecia que quanto mais alto os artistas falavam, mais alto ficava o som lá no palco, e foi só piorando: quando chegou o Raul, com o Papo Nerd com Elas, dava problemas de curto-circuito. E o som no palco estava maaaais alto ainda, e por mais que as meninas tenham falado de um assunto tão interessante, o empoderamento feminino na cultura geek e as dificuldades que ainda encontram, como no mundo gamer, infelizmente esse som atrapalhou e muito. Essa falha gerou muitos descontentamentos, espero que na s próximas edições arrumem isso.

Além do som, que estava muito alto em outros lugares, outro problema foi a temperatura: estava muuuito abafado no evento, no dia em que eu fui. E me falaram que para ver o Wendel Bezerra, dublador do Goku foi um inferno: era fila por ordem de chegada e nem o pessoal da imprensa soube disso, o que fez com que muitos profissionais da área ficassem de fora, já que não houve coletiva de imprensa com ele. Lotou o auditório, muita gente ficou de fora. O cara simplesmente faz uma das melhores vozes que no mundo dos animes, eu tive o prazer de ouvi-lo na BGS de 2016 e é incrível ouvir ele falando.

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É claro que não só de falhas foi o evento: pessoal da assessoria do evento, a Madison Vision foi super  prestativa, haviam estandes muito legais, como a de Kpop, que era tipo uma sala com uns produtos kpops sendo vendidos de um lado, uma televisão transmitindo videoclipes sul-coreanos e uma galera sentada ao redor, assistindo, e a todo instante alguém levantava pra ir dançar. E fiquei impressionada, porque na televisão não passava coreografia, era clipe mesmo, mas parecia que todo mundo ali sabia dançar. Até eu parei pra sentar um pouco ali e assistir, deu vontade de saber dançar também.

No palco principal tocava ora rock, que fazia geral pular e cantar ao som de Nirvana, Guns e Roses, Foo Fighter e muitos outros, como temas de animes, e cara, toda vez que tocava qualquer coisa de Dragon Ball, era aquele tanto de voz, todos juntos cantando, isso foi uma das coisas mais emocionantes do evento pra mim e vai ficar no meu coração.

Tinha muitos, muuitos cosplayers, e várias pessoas circulando com plaquinhas, do tipo "ganhe m abraço grátis" ou "quem é melhor, Dragon Ball ou Naruto?", onde você pegava uma caneta e marcava uma opção. Fiz vários desses e cada plaquinha custava uns 10 reais, mas ali era uma boa forma de fazer amizade, porque vinha um monte de gente responder.

A sala de imprensa estava meio afastado do evento, talvez tenham feito isso pra gente não ser atrapalhado pelo barulho, o que foi ótimo para escrever as matérias em tempo real. Reencontrei pessoas de outros eventos, fiz novas amizades. A sala serve pra descansar, tomar uma água ou suco que disponibilizam, tem wi-fi e carregador pra gente trabalhar, e claro, fazer amizades. A gente ri, se diverte, discute várias coisas, é maravilhoso. Com certeza, o ano que vem, gostaria de voltar ali.

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