Como é o processo seletivo para o mestrado e como ser aprovado
Esse ano está sendo de grande aprendizado, muita coisa está acontecendo e estou feliz com isso. Várias sementinhas que fui plantando através dos últimos anos estão dando frutos, e começo a perceber cada vez mais o meu propósito de vida. E dessa vez, a notícia que venho compartilhar é sensacional: fui aprovada em um processo seletivo de mestrado! Como é a sensação de passar no mestrado? Indescritível. Na verdade, eu já sabia desse resultado com alguns meses de antecedência, porém precisava confirmar se teria bolsa ou não porque - não tenho dinheiro para pagar nem a matrícula, imagine a mensalidade.
Nesse post, quero compartilhar com vocês sobre como é o processo seletivo para entrar em um mestrado, quais passos tive que dar para chegar até aqui, informações que considero úteis e compartilhar essa imensa alegria. E vou te dizer, tudo começou a anos atrás pela Iniciação Científica.
Como conheci a Iniciação Científica
Para aqueles que não sabem, Iniciação Científica é uma entre várias modalidades de pesquisa acadêmica desenvolvida por alunos da graduação. Você desenvolve e trabalha em um projeto durante um ano inteiro, e é o primeiro contato desse estudante com a comunidade científica. Conhecemos diversas linhas de pesquisa, grupos de estudo, e estar ali com pesquisadores experientes para promover aprendizado de métodos e técnicas científicas.
Logo no 1º semestre da faculdade a diretora da instituição mostrou aos alunos a plataforma Lattes, que é um sistema de currículo virtual mantido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento de Pesquisa). Ela falou sobre a Iniciação Científica, que apenas alunos a partir do 3º semestre, ou seja, depois do primeiro ano cursando a graduação poderiam fazer, mas que já deviam buscar mais informações, ir a eventos sobre o assunto.
Na minha sala, os alunos foram divididos em grupos para o chamado Projeto Integrador, e a tarefa era ler 10 artigos científicos e desenvolver uma apresentação resumindo os temas que foram estudados. Meu tema foi sobre o triplé da sustentabilidade. Busquei meus artigos na SciELO, a biblioteca digital que divulga e disponibiliza periódicos científicos brasileiros.
Então:
1. Se ainda está na graduação, procure se inscrever no programa de Iniciação Científica da sua instituição.
2. Busque artigos na Scielo de algum tema que você goste
3. Crie um currículo Lattes. A maioria dos programas de mestrado exigem que o candidato já tenha um pronto.
4. Procure participar de seminários, simpósios, congressos e qualquer evento relacionado a pesquisa. E vá colocando no Lattes tudo o que você fizer.
Sempre fui apaixonada pela leitura, mas confesso que quando peguei aqueles artigos para ler me senti uma idiota. Não entendia vários termos, sentia dificuldade para compreender algumas frases e parágrafos. Um artigo tem muitas palavras técnicas, e é normal a quem está começando não dominar tudo de primeiro. Afinal, é uma iniciação certo? O importante é ter a persistência de prosseguir com a leitura, selecionar as palavras que teve mais dificuldade e buscar o significado, ler o resumo, conclusão e introdução do artigo antes de iniciar toda a leitura para entender o contexto.
Enfim, no final daquele semestre apresentei meu banner e sabia que tentaria fazer Iniciação Científica. No 2º semestre, já comecei a observar meus professores: o tema e conteúdos das aulas que ministravam, como corrigiam os trabalhos e tiravam dúvidas, quais eram aqueles que eu mais me dava bem. Às vezes, pode acontecer de você querer um tema e o professor não poder te ajudar, pois apenas professores que tenham feito mestrado na área que você quer podem ser orientadores. No final do semestre, perguntei ao professor que eu mais tinha gostado se ele queria ser meu orientador no ano seguinte e ele aceitou. Fui com uma ideia de projeto, um assunto que eu queria me aprofundar e desenvolvemos juntos o projeto de pesquisa.
Para se inscrever em Iniciação Científica, é necessário ficar de olho no calendário acadêmico da sua instituição. Geralmente as inscrições ocorrem entre outubro e dezembro, porém a maioria pede para que você entregue um projeto de pesquisa, então quanto mais cedo você se preparar melhor.
O que é um projeto de pesquisa?
Um projeto de pesquisa é basicamente um documento onde as suas principais ideias estão reunidas. Ele serve para você se inscrever na Iniciação Científica, mas também é exigido em boa parte dos programas de mestrado as quais você quer participar. Qual a sua área de interesse? Tem algum tema em específico? Qual seria o motivo de você querer estudar e se aprofundar naquele tema? Quais são as suas intenções, o que espera com o projeto? Quem poderia se beneficiar daquele estudo, quais são os objetivos e quais resultados espera alcançar?Não se pilhe muito se você não fizer ideia de como começar. Como mencionei anteriormente, comece pensando em um assunto que você gostaria de estudar mais e vá buscar artigos relacionados, comece a ler. Outro site bom para buscar artigos e que é gratuito é o Google Scholar, Sendo bem sincera, provavelmente seu projeto vai mudar. Me lembro que a 1ª mudança que meu orientador fez foi o título da pesquisa e daí em diante foi quase tudo haha. E isso é perfeitamente normal, um orientador vai fazer apontamentos, vocês podem acabar no meio do ano fazendo algo diferente do que foi entregue no projeto de inscrição. O projeto é o que você espera que guie sua pesquisa, mas não precisa ser seguido a risca. Na verdade, a intenção é saber se você já teve contato com algum artigo, se sabe articular ideias, etc.
Cada instituição tem seu próprio modelo de projeto de pesquisa, mas em geral ele vai conter um resumo, introdução, objetivos, referencial teórico, metodologia. Tem um post muito bom no site Pos Graduando, vale a pena dar uma lida.
5. Leia mais artigos e vá anotando as partes que achar interessante.
6. Se estiver na graduação e já ter encontrado um professor para te orientar, peça ajuda a ele para desenvolver um projeto.
7. Se não está mais na graduação, procure postagens e guias sobre como elaborar projetos de pesquisa e vá praticando.
Como é fazer Iniciação Científica?
Fiz I.C. durante três anos seguidos e foi incrível. A cada vez que me inscrevia e via meu nome na lista de aprovados, era uma comemoração diferente.
Confesso que foi muito difícil fazer isso, tinha dias que me desesperava porque os prazos estava chegando e eu tinha que elaborar um documento com resumo, introdução, objetivos, metodologia. Nem sabia o que era metodologia no início, e sentia falta de aulas que explicassem melhor a respeito disso.
Pesquisei em vários sites, assisti vídeos, pedi ajuda a uma colega que tinha feito Iniciação Científica, fui atrás. Não se sinta um inútil e não desista. Peça ajuda ao seu orientador, busque informações e não tenha vergonha. Se o seu orientador for grosso logo de início e não te ajudar, vale a pena falar com o responsável pela I.C. da sua instituição e ter uma conversa. Dependendo de como for é melhor já trocar de orientador no início, porque é um relacionamento que demanda tempo, honestidade, cumplicidade.
Cada instituição, apesar de seguir as normas ABNT costuma ter seu próprio regulamento. Dê uma lida, baixe os arquivos que forem necessários, não se esqueça das datas - isso é importante. Parece que um ano é muito tempo, mas tempo voa e você pode se esquecer de algo. Algumas matérias que sugiro ler: Como fazer iniciação científica e Por que fazer iniciação científica.
Como fazer Iniciação Científica enquanto trabalha e estuda
Se você não é uma pessoa organizada, vai passar a ser na marra ou não vai dar certo. Fazer um projeto de pesquisa enquanto estuda é difícil, exige tempo, planejamento, muita leitura, reflexão. Agora imagine trabalhar de segunda a sábado e dar conta de tudo isso? Foi a minha vida.
Confesso que não me dediquei como gostaria. Não dava para conciliar tudo, era muita coisa. Quantas vezes não fui dormir de madrugada tentando terminar algo? Incontáveis. E não basta só ler, é necessário absorver o conteúdo, tem a parte em que você precisa escrever, as alterações que o orientador solicita, preparação para as apresentações em seminários, etc. Então se você não está disposto a dormir tarde escrevendo, ou abrir mão do seu tempo livre para ler, sinto muito mas a iniciação científica não é pra você e muito menos um mestrado.
Sempre fui uma pessoa que amava estudar e ler, então isso me ajudou muito. Porém, não dá pára ficar só trabalhando e estudando, é necessário equilibrar com momentos de lazer e busquei fazer isso. Ouvia músicas, via filmes e séries, saía para o cinema ou só para andar no shopping. Porém, nunca fui de ficar indo a festinhas, baladas, se fosse ter uma vida social assim acho que não conseguiria. Claro que tem pesquisadores que conseguem conciliar melhor, mas eu nunca conheci alguém que nunca tenha abrido mão de algo em pro da pesquisa. Quando eu não tinha que trabalhar no sábado, minhas noites de sexta eram mergulhadas na pesquisa.
Todas as atividades que precisava fazer eram anotadas na agenda, e não só sobre Iniciação Científica. Dividia entre categorias principais, como: casa e família, saúde, faculdade, trabalho, I.C., hobbies e passatempos. Ia listando dentro de cada tudo o que precisava ser feito, listando sua classificação para ser concluído (urgente, alta, regular, baixa) e do seu nível de complexidade (difícil, mediano, fácil), além das datas finais para realização e/ou entrega.
Me lembro de ter uma semana em que dediquei só para consultas médias: dentista, oftalmo, gastro, dermatologista. Eram várias coisinhas que acumulei durante meses e ia só adiando, limpei da agenda de uma vez.
Outra dica é a utilização de planners, toda semana eu elaborava um. Facilita muito, ainda mais para mim que esqueço rápido das coisas.
8. Tenha uma agenda e anote tudo. Prazos, pendências, tarefas.
9. Baixe os editais dos programas (seja para iniciação científica ou mestrado) e fique de olho no que é exigido.
Eventos para apresentar pesquisas científicas
Uma parte muito importante dessa jornada de pesquisa são as apresentações. Na minha instituição na graduação, era parte do processo de quem fazia Iniciação Científica apresentar em algum seminário ou simpósio, geralmente feito pela própria faculdade. Alguns eram opcionais, mas sempre que possível eu ia para ver a opinião de outras pessoas, saber o que está sendo pesquisado e discutido, entender como funciona uma banca.
A banca é composta por alguns professores que entendem daquele tema e de pesquisas, e estão ali para fazer os apontamentos dos trabalhos apresentados e o que pode ser melhorado. A 1ª vez que eu fiz uma apresentação, a banca falou um monte. É muito, muito difícil para alguns pesquisadores trabalhar tanto em um projeto e no final parecer que não serve de nada ou que não está bom. Porém, uma coisa que fui aprendendo é que a banca não está ali para te prejudicar nem nada do tipo, cada comentário é realmente para ajudar no seu desenvolvimento e melhorar sua pesquisa.
Algumas coisas aprendi a filtrar. Às vezes, eu apresentava minha pesquisa a uma banca que nem tinha tanto conhecimento da minha área, e eles questionavam algumas coisas que eu e meu orientador pensávamos, então ficava tipo: quem está certo, meu orientador que tem o título de doutor nesse tema ou a banca que fez um curso diferente do meu? Absorva o necessário, mas não se pilhe tanto.
Queria ter feito mais apresentações nessa minha jornada, mas como eu disse conciliar com o trabalho era muito difícil, e teve vários eventos que perdi porque estava trabalhando e não me liberaram. O único que eu fiz questão de ir foi o da CONIC, o Congresso Nacional de Iniciação Científica. Pedi para sair mais cedo e ainda bem que minha coordenadora entendeu, foi a primeira que nem embaçou nem nada. Por que eu queria tanto? Porque era meu último ano de faculdade, se não apresentasse aquele ano quando teria outra chance?
Se você está fazendo iniciação científica, não importa se a sua pesquisa não está finalizada: se apresente. Diga o que fez até então, quais são suas ideias para continuar. Muitas dicas valiosas aparecem e essas apresentações contam muito no seu currículo Lattes.
Não precisa ser aluno para participar de eventos. Cada área tem seus eventos de referência, então vale a pena pesquisar.
- O que são eventos científicos
- Tipos de eventos acadêmicos
- Os maiores congressos de administração
- Eventos da Anpad (associação nacional de pós graduação e pesquisa em administração)
10. Participe de eventos científicos/acadêmicos, mesmo que não faça parte da academia.
Preciso fazer pós antes do mestrado?
Essa é uma pergunta que eu ouvia até de alguns colegas durante a graduação: precisa fazer pós antes do mestrado? Não. Entenda o seguinte: o mestrado É uma pós, basta ter o diploma de uma graduação para poder ser um estudante de mestrado. Existem dois tipos de pós-graduação: Lato Sensu e o Stricto Sensu.
O Lato Sensu é o mais comum, é um MBA, uma especialização. Algumas duram 6 meses, 1 ano, outras 2 anos e é basicamente você se aprofundar em algum tema e adquirir maiores conhecimentos nele. No campo da Administração, por exemplo, você tem várias áreas que são estudadas como direito empresarial, relações de trabalho e gestão de pessoas, financeiro, contabilidade, marketing etc. E aí você não precisa fazer outra faculdade para se aprofundar em um desses temas, a pós Lato Sensu já ajudaria muito nisso.
Quando falamos em mestrado e doutorado, nos referimos ao Stricto Sensu, já é uma pós mais aprofundada, exige maior dedicação e estudos justamente porque será necessário desenvolver uma dissertação no mestrado e uma tese no doutorado. É voltado mais para a academia, para quem pensa em ser professor em cursos de graduação geralmente são títulos exigidos. Mas obviamente vai além disso: você pode de fato se tornar um pesquisador, um consultor de empresas. Aliás, existem dois tipos de mestrado, o mestrado profissional e o acadêmico. Nas minhas turmas, por exemplo, tem pessoas que não pensam só em dar aula, elas querem continuar no mundo empresarial. E muitas empresas valorizam isso, profissionais que possuem vasto conhecimento em certa área e valorizam quem tenha um mestrado. Obviamente o oposto também é real, pessoas tão qualificadas que acabam sendo reprovadas nas vagas - ms isso é discussão para outro momento.
Processos seletivos para mestrado
E aí você pode estar querendo saber: e agora? Já tenho uma graduação e quero entrar em um mestrado, como faço? Aqui já começa uma boa diferença com relação a graduação, porque para fazer um curso seja ele bacharel, licenciatura ou tecnólogo, basta passar por um processe seletivo. Alguns processos são mais difíceis se você precisa de bolsa, mas caso tenha dinheiro é mais simples e basta pagar a matrícula e as mensalidades para seguir ali.
No mestrado é um pouco mais complicado, porque o fato de você ter dinheiro não garante sua aprovação. De fato, os números de vagas disponíveis para um programa de mestrado é extremamente reduzido, programas considerados grandes aprovam o que, 40 alunos? Na minha faculdade, por exemplo, não tinha número específico de aluno, qualquer um poderia cursar e se fosse necessário abriam novas salas.
No mestrado isso acontece porque você necessita de um orientador, e existe um número mínimo e máximo de alunos, no caso aqui orientandos que um professor pode orientar. Eu não sei exatamente qual é o número máximo, se são 7 ou 10 alunos por professores. Então tem instituição que abre poucas vagas por semestre ou por ano, dependendo de como funciona a instituição. Não tem muito segredo, tem que ler os editais de cima a baixo para ver o que eles exigem para ingresso.
No geral, costuma ter uma fase de provas (matemática, português, inglês, conhecimentos específicos da área) e os melhores passam de fase. Existem alguns documentos que são exigidos, como certificado de proficiência em língua estrangeira como TOEFL ou o IELTS. Na área de administração é bem comum ser exigido o teste ANPAD, que é o teste voltado para administradores mesmo. Ele costuma ser realizado quatro vezes por ano, e muitas instituições pedem uma pontuação de no mínimo 500/600 pontos. Nas instituições privadas, seguem alguns que eu conheço:
Sendo bem sincera, eu só participei de dois processos, um deles tendo sido aprovada e o outro acabei desistindo de continuar, parei na 1ª fase. Mas penso que a fase mais importante é a entrevista que você fará com alguns professores, e inclusive aquele que te entrevista pode acabar se tornando seu orientador/orientadora.
11. Leia os editais. LEIA OS EDITAIS DE NOVO. E mais uma vez.
12. Busque informações sobre a linha do mestrado e sobre os professores que lecionam ali.
Entrevista com os professores
Como só participei uma vez de uma entrevista, vou relatar pra vocês como foi. Recebi por email o nome de um professor que iria me entrevistas, e confesso que fiquei até surpresa. Pesquisei sobre ele no currículo Lattes, não entendia quase nada do que via. Fiquei pensando bastante sobre como seria aquela entrevista, e quando chegou o dia saí direto do trabalho e fui para a instituição, fiquei sentada relendo meu projeto de pesquisa até ser chamada.
A entrevista foi totalmente diferente de tudo o que eu imaginaria, porque foi mais como uma conversa. Me lembro de ter estado tão nervosa nos primeiros minutos, mas aos poucos fiquei completamente calma e realmente fui sincera no que estava dizendo. Falei das minhas experiências acadêmicas, do meu trabalho, do que eu gostava. Sinceramente, não me lembro exatamente de todas as palavras, lembro que havia outra professora também acompanhando e ela foi super simpática, me trataram super bem.
Me lembro de ter ficado fascinada com eles, pareciam tão inteligentes e ele super engraçado. Algumas perguntas eu realmente não estava preparada, como: "você não acha que é muito jovem para isso?". Tenho 21 anos e disse que não, mas realmente isso pesa muito. Pensei que sabia no que estava me metendo, não sabia. Amo o que faço, não me arrependo mas não é fácil, é muuuuito puxado e trabalhoso, mas isso fica para outro post.
Processo de matrícula e bolsa da CAPES
Como eu mencionei no início dessa postagem, quando descobri que fui aprovada foi uma baita de uma alegria, mas não conseguiria cursar sem saber se receberia alguma bolsa - e isso levou meses para ter o veredicto final. Cada instituição tem seus próprios critérios com relação a distribuição de bolsas e são várias agências de fomento, cada uma delas com suas regras.
No caso da Capes, que é a que eu mais conheço, funciona assim: a Capes, que é uma agência de fomento, distribui bolsas para as instituições de maior desempenho no país e essas bolsas são rotativas. Ou seja, uma pessoa só consegue a bolsa quando alguém que era bolsista se forma. Que foi o meu caso, precisei esperar para saber se alguém que já era bolsista estava se formando para que eu pudesse ganhar a bolsa. Obviamente o processo da bolsa é outro, não basta estar aprovado no mestrado. Você vai concorrer com outras pessoas, inclusive com alunos que já estudam naquela instituição. É preciso ter tido boas notas na faculdade, se fez Iniciação Científica, se tem algum artigo publicado. Claro que não é preciso ter todos os itens, mas se torna um diferencial.
Basta pensar: o bolsista tem obrigação de ter bom desempenho e boas notas, é esperado que ele estude mais, que faça mais. Por que deixariam de dar uma bolsa para alguém que tinha média 9 na graduação para alguém que tinha apenas média 5?
Eu realmente fico muito agradecida por ter sido contemplada com uma bolsa da Capes, ainda mais levando-se em consideração que existem duas modalidades: a que você não paga mensalidade e precisa se dedicar 20 horas semanais para os estudos e a que você além de não pagar mensalidade, recebe uma bolsa-auxílio.
A bolsa-auxílio da Capes equivale a R$ 1.500,00 no mestrado e R$ 2.200,00 no doutorado. Então é basicamente o seu salário, afinal você não pode trabalhar registrado: sua dedicação precisa ser exclusiva ao mestrado. Porém, já adianto que 40 horas é pouco comparado a tudo o que você precisa fazer, ler, estudar. O mestrado exige muito, ainda mais quando se é bolsista.
Espero que tenham conseguido entender um pouco mais sobre todas essas questões de pesquisa relacionadas ao mestrado, o processo e bolsas e caso tenham alguma dúvida, basta deixar um comentário e assim que possível te retorno.
Abraços!
2 Comentários
Muito bom seu post! gostaria de saber qual é seu método de estudo e escrita? estou escrevendo meu projeto de mestrado estou com alguns dificuldades para desenvolve-lo.
ResponderExcluirOi Bruna! Então, na minha graduação eu trabalhei com estudos qualitativos (análise de conteúdo, por exemplo). quantitativos (webometria). No mestrado, meu foco tem sido quantitativo (experimentos). A escolha do método vai depender de uma série de fatores, principalmente da sua área, do seu tema, do seu problema de pesquisa. Se quiser me falar mais do seu projeto e do que mais está te dificultando, manda aí que tento ajudar.
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